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Project Model Canvas e Program Model Canvas, qual a diferença?

Geração de Modelo de Negócio

Por Eneida Xavier 

Ainda muitas organizações lutam para responder a pergunta:

Qual a diferença entre Gerenciar Projetos e Gerenciar Programa?

Muitos programas são conduzidos como grandes projetos, erroneamente, trazendo enormes prejuízos ao desempenho dos programas.

Muitos gerentes de projeto parecem gerentes de programa e aspiram estar na pele deles um dia. Os papéis variam de empresa a empresa, muitas vezes são confundidos e tratados de forma equivocada. Para ser capaz de chegar a esse nível, os gerentes de projeto, assim como suas organizações devem entender claramente quais são os papéis e responsabilidades dos gerentes de programa. Depois deste entendimento as organizações poderão então disseminar este conhecimento a seus empregados, permitindo treinamento e ajustando seus objetivos.

Gerentes de programa e gerentes de projetos têm papéis diferentes, processos diferentes e ferramentas diferentes.

Importante entender esta diferença!

O foco do trabalho do gerente de projeto é mais estreito e mais aprofundado do que o gerente do programa. Os gerentes de projeto são responsáveis pelo projeto, a equipe, e os resultados que a equipe está trabalhando. O gerente de projeto é um tomador de decisões.

O gerente de programa tem uma abrangência maior do que um gerente de projeto. O gerente de programa é responsável por ajudar a empresa (interna ou externamente) a perceber o valor de negócio dos projetos e processos que estão em andamento. O gerente de programa gerencia os gerentes de projeto, pois é sua responsabilidade a entrega de diferentes projetos que compõem o programa.

Dois papéis são inerentes ao gerenciamento de programa: Gerente de Programa (responsável pela entrega) e Gerente de Mudança organizacional (responsável por tratar a entrega e gerar benefícios, com resultado mensurável).

O sucesso de um projeto é baseado na habilidade do projeto para atingir as metas de tempo, escopo e custo. O sucesso do Gerenciamento de Programas é baseado em ROI (Retorno sobre o Investimento).

Faz-se necessário um modelo, uma metodologia, uma ferramenta para gerenciamento de projetos e para gerenciamento de programa.

Ferramentas diferentes existem para contextos diferentes: Project Model Canvas e Program Model Canvas.

 Project Model Canvas

4 Etapas – passos da metodologia Project Model Canvas:

  1. Usar Post-it e o mapa para conceber o plano; Workflow – 13 passos (permite relacionamento de passos)
  2. Integrar em blocos
  3. Levar os problemas para os stakeholders
  4. Compartilhar o plano

1 – Montando o Workflow – 13 passos

  • Justificativa – o por quê do projeto
  • Objetivo Smart – ponte para o futuro – geração de valor
  • Benefício – razão de fazer o projeto
  • Produto – entrega do projeto
  • Características – requisitos do produto
  • Stakeholders (externos e internos)– fatores que afetam ao projeto
  • Equipe – pessoas subordinadas ao gerente de projeto
  • Premissa – suposição
  • Entregas – agrupar as entregas; produtos, serviços e resultados
  • Restrições – limitações do projeto
  • Riscos – relacionados com as premissas e entregas
  • Linha do Tempo – em quanto tempo será concebida o projeto, definido as entregas
  • Custo – definir o quanto custará o projeto

2 – Consistir os blocos, os quais tem que fazer sentido, são feitas as integrações.

Exemplos:

  • Requisitos com produtos segundo o cliente
  • Premissas corretas ou suficientes para todos os stakeholders
  • Equipe com as entregas
  • Restrições limitam a equipe e o trabalho da equipe
  • Riscos com premissas

3 – Resolver problemas, não é resolvido na hora.

Descobrir problemas, como: não encontrado nenhum benefício para o projeto ou o cliente não é capaz de identificar os requisitos.

4 – Comunicar o Plano em blocos, por exemplo: Grupo do escopo, Grupo dos Riscos.

Program Model Canvas

5 perguntas que precisam ser respondidas no Program Model Canvas

  • Por que – A estratégia organizacional. Qual o problema de negócio, porque a organização precisa. Depois do por que (as razões), precisa-se definir a Visão – o futuro estado da organização em alto nível.
  • Quem – Identificar as partes interessadas para montar a estrutura de governança, a qual suporta o processo de tomada de decisão. Quem irá colher os benefícios. Diretor, Gerente de Programa e Gerente de Mudança com mesma autoridade.
  • O Que – Quais Benefícios, melhorias mensuráveis para a organização. Arquitetura – Processos, Organização, Tecnologia e Informação.
  • Como – A estrutura – os projetos, os subprojetos, atividades que irão compor o programa. Como o programa irá entregar e gerar os benefícios necessários para a organização.
  • E se, quanto e quando – relacionado a: Riscos – que afetam aos benefícios e sua sustentação. Financiamento – Gerentes de projetos precisam ser informados. Execução – os estágios gerenciáveis para as entregas de benefícios.

Como aplicar o Program Model Canvas:

  1. Reunir as pessoas certas;
  2. Imprimir o Canvas em uma Folha Zero;
  3. Usar post-its para coletar as informações
  4. Seguir a sequência lógica
  5. Validar a consistência

Project Model Canvas

  • Baseado em Neurociência:
    • Simplificar
    • Agrupar as coisas
    • Engajar os stakeholders
  • Criado pelo Prof. José Finocchio e inspirado no Business Model Generation – Modelo de negócio numa única folha de papel A1, criado por Alexander Osterwalder.

Mais detalhes sobre Project Model Canvas em:

“Finocchio passa Metodologia do Project Model Canvas”

Program Model Canvas

  • Principais referências e conceitos relacionados ao gerenciamento de programas:
    • The Standard for Program Management, Third Edition – PMI, 2013 e
    • Managing Successful Programmes – TSO, 2011.

Veja mais sobre o Program Model Canvas em:

Webinar: “Gestão de Programas com o Program Model Canvas”

APMG International

Sobre o autor

Eneida EngelbrethEneida Xavier Engelbreth. Arquiteta. Cursou MBA em Gestão de Projetos na Fundação Getúlio Vargas (FGV). Possui Certificação Scrum Master pela Scrum Alliance. Consultora em Gestão de Projetos e Processos. Possui experiência como Gerente de Programa e Projetos de Tecnologia no ITAUBBA, Gerente de Projetos do PMO na CAIXA ECONÔMICA FEDERAL, Gerente de Projetos em Consultoria para o PMO do Bradesco; Gestão da qualidade e Processos no PMO do CITIBANK. Docente de pós-graduação em Gerenciamento de projetos.

 

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