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Design Thinking: Inovação em Gestão de Projetos ou Gestão de Projetos de Inovação

A popularização da expressão “Design Thinking” veio em 1991, ano que foi fundada a IDEO em Palo Alto (hoje conhecido com Vale do Silício), na California. Na mesma epóca os primeiros acadêmicos na Universidade de Stanford tiverem uma papel de fundamental importância na propagação da expressão dentre suas mentes de negócios e técnicas para revolução digital.

Por Eduardo Freire

Ultimamente temos ouvindo falar muito na expressão Design Thiking, mas o de que fato é isso, e o que isso tem a ver com Gestão de Projetos. Por uma tradução literal, nos vem logo na cabeça o “pensamento do design” ou então vem na mente que é fazer algo visual (ou o desenhar de fato), fazendo alusão ao trabalhos dos designers. Mas esse tema vem sendo adotado por pessoas e organizações, principalmente no mundo dos negócios e claro nos projetos.

Quando utilizamos métodos e processos realizados por designers, o design thinking busca diversos ângulos e perspectivas para solução de problemas, priorizando o trabalho colaborativo em equipes multidisciplinares em busca de soluções inovadoras. Tendo como principal foco entender os métodos e processos que designers utilizam ao criar soluções, assim pessoas e organizações seriam mais capazes de se conectar e revigorar seus processos de criação a fim de elevar o nível de inovação. O inovação está vinculado diretamente a algo que consiga implementar e trazer resultados, assim como nossos projetos

Para Tim Brown (CEO da IDEO considerada uma das empresa mais inovadoras do mundo) em seu livro sobre Design thiking: “No mundo dos negócios, cada ideia – por mais nobre que seja – deve passar no teste dos resultados financeiros.”. Por mais que o design thinking é um negócio baseado na prototipagem, uma vez que você não desiste de uma promissora ideia, você a constrói por meio de processo iterativo, colaborativo e claro extremamente empático. Como podemos ver na figura abaixo na abordagem utilizado na d.School na Universidade de Stanford:

DT

Metodologia d.School Stanford (Cavagnaro, 2013)

 

Então muitas vezes uma jornada de um designer a um design thinker, como reflete Brown, descobre-se que um bom desenho (ou proposta) nem sempre é suficiente para resolver problemas do produto e que muitas vezes nem o próprio produto resolve o problema do cliente. Com isso, Brown, percebeu que sua capacidade criativa poderia ir além do desenho e ajudar a repensar o negócio sob a perspectiva do consumidor final.

A popularização da expressão “Design Thinking” veio em 1991, ano que foi fundada a IDEO em Palo Alto (hoje conhecido com Vale do Silício), na California. Na mesma epóca os primeiros acadêmicos na Universidade de Stanford tiverem uma papel de fundamental importância na propagação da expressão dentre suas mentes de negócios e técnicas para revolução digital.

Isso tem sido gradualmente ensinado nos MBA das grandes escolas e sendo adotado por grandes empresas internacionais como mais uma ferramenta para o executivo. Para Roger Martin, ex-professor na Rotman School of Management (canadá),

Tudo bem, mas o que isso tudo tem a ver com gerenciamento de projetos? Tudo, afinal Segundo Tennyson Pinheiro, sócio da live|work a tradução grosseira seria “o jeito de pensar do design”, mas em bom português seria “projeto centrado em pessoas”.

Nos últimos anos em minhas consultorias, aulas e palestras tenho abordado muito o termo “pensar fora da caixa”, pois como gestores de projetos, fomos “treinados” (e muitas vezes treinamos) a pensar no problema e não na solução. Já o Design thinking tem sido um método prático-criativo de solução de problemas ou questões, com isso acabamos por trabalhar uma forma de pensar baseada em soluções ou focada em soluções, com um objetivo inicial. Em vez de começar com um determinado problema. A diferença por exemplo de um método científico tradicional, é que este se inicia definindo todos os parâmetros do problema em questão para a definição de um objetivo. Esse “modus operantes’ distinto partir de um estudo de Nigel Cross concluiu que cientistas resolvem problemas a partir de análise, enquanto o designer o faz a partir de síntese. Consequentemente não significa que design thinking não necessita de análise para encontrar uma solução final, no entanto a abordagem de um design thinker, em termos de solução de problemas, é a partir de uma perspectiva de um objetivo.

Nos últimos tempos temos aplicado bastante esse conceito em consultoria “formal” e estruturação de método e/ou metodologia em gerenciamentos de projetos, programas, PMO e planejamento estratégico corporativo. Principalmente quando pensamos na adequação disso tudo, ao uso de Sistemas de Informação (Microsoft EPM 2013 e Project Online).

E quando estamos falando de gerenciamento projeto de inovação, em startups ou simplesmente o desenvolvimento de projetos de “microtecnologias” para os habitantes do Quênia, o foco seria uma só, a solução para melhoria de alguma necessidade/demanda, que pode vim do mercado, academia ou mesmo da comunidade.

E como já dizia Albert Einsten: “A inovação nunca é fruto do pensamento lógico. Mas o resultado dela está sempre conectado a uma estrutura lógica”.

Até a próxima!

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Sobre o Autor

fotoPMI-MGEduardo Freire, Msc., MBA, MVP, MCTS, CSM
Sócio da FrameWork – Gestão e Projetos. Pesquisador do GP2 Research Project Group/CIN/UFPE. Course Design Thinking Action Lab(d. School Stanford University). Mestrado em Computação no CIN/UFPE, MBA em Gerência de Projetos-FGV. Especialização em Gestão de Projeto de Investimento pela FIOCRUZ E Graduação em Administração. Agraciado com Prêmio Microsoft MVP Award 2011/2012 e 2013 in Microsoft Project.

 

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