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A importância das premissas no Gerenciamento de Projetos

Onde está o perigo de uma má definição das premissas? Premissas não identificadas ou não documentadas poderão ocasionar problemas no decorrer do projeto ou fazê-lo soçobrar.

Podemos definir as premissas como hipóteses, condições que assumimos como verdadeiras para o projeto. São fatores que, para propósitos de planejamento consideramos como certas, reais e seguras. Devem ser específicas, precisas e claras. O Gerente de Projeto não necessita comprovar que são verdadeiras, são afirmações que defino necessárias para a execução do projeto.

Devem ser validadas pelos stakeholders do projeto e resguardam ao gerente de projetos. É importante identificar desde o início do projeto o maior número possível delas e documentá-las.

Em determinados projetos formam parte da proposta ou do contrato assinado pela empresa executora com o cliente. Uma leitura detalhada deste documento permitirá identificar grande parte delas. Pode-se realizar brainstorming com a equipe para detectar outras não previstas.

Preciso documentar detalhadamente estas premissas como condições verdadeiras para a execução do projeto. Alguns exemplos são:

– O cliente deverá assinar a Especificação de Requisitos Técnicos antes do desenvolvimento do produto que atenderá a solução requerida.

– O cliente deverá disponibilizar a área de trabalho da equipe até 21/08/2009.

– O fornecedor disponibilizará o produto em até 24 horas a partir da entrada da solicitação do cliente.

– O cliente deverá comunicar os dias não laboráveis com uma antecedência mínima de 48 horas.

Onde está o perigo de uma má definição destas premissas? Premissas não identificadas ou não documentadas poderão ocasionar problemas no decorrer do projeto ou fazê-lo soçobrar.

Estas suposições geram um  risco que deverá ser mapeado e controlado. Então, onde vamos analisar se as premissas definidas não se cumprirem? No Gerenciamento de Riscos.

Ou seja, precisarei definir quais serão as ações de mitigação, transferência, contingência ou assumir o risco caso não sejam cumpridas.

Se o cliente não disponibilizar a área de trabalho na data prevista, o que faremos?… assumimos o atraso do projeto, preparamos uma área alternativa, etc.

Portanto, as premissas são fundamentais para nos permitir garantir a execução do projeto. Quanto mais completa seja nossa Declaração de Escopo com as premissas, estaremos mais resguardados das possibilidades externas que podem afetar nosso projeto.

 

 

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10 comentários em “A importância das premissas no Gerenciamento de Projetos”

  1. Parabens pelo artigo!

    Um dos maiores riscos na minha opnião é a solicitação de mudança de escopo e isso pode acontecer justamente por não identificar as premissas corretamente.

    Sucesso!!

    1. Olá Vinicius,

      Obrigada pela participação!!
      As premissas funcionam como garantia para poder cumprir o escopo definido. Se uma premissa falhar, existirá risco em atingir os objetivos do escopo. E, dependendo da característica dessa premissa falha, as incidências poderão se transformar em alterações de escopo, problemas de qualidade, alterações de prazo, de custo, etc. As consequências poderão afetar qualquer área de conhecimento do projeto.

      Sucesso sempre!

      Abraço!

  2. Alexandre Fortes

    Este assunto é de extrema importância para um bom planejamento do Projeto, mas na maioria das vezes o Gerente do Projeto dedica pouco tempo nesta análise, ou quando dedica o tempo necessário o Stakehorlder garante que a premissa será atendida e o GP não documenta formalmente.
    Por estes motivos, várias vezes os riscos não são todos identificados e mitigados, gerando atrasos “não planejados” no Projeto.

    Os PMO’s e os GP’s devem ficar mais atentos a este assunto.

    Parabéns pelo post Maria Angelica.

    1. Prezado Alexandre,

      Obrigada pela participação no blog.

      Com certeza que o cliente promete e assina todas as premissas, que não sempre cumpre. Mas é importante documentar sempre isso no escopo, o que deve ser considerado e o que acontecerá se não for cumprido. Além do seu tratamento no gerenciamento de riscos.

      Muito sucesso sempre!!

      Abraço!

  3. “(…)Em determinados projetos formam parte da proposta ou do contrato assinado pela empresa executora com o cliente. Uma leitura detalhada deste documento permitirá identificar grande parte delas. Pode-se realizar brainstorming com a equipe para detectar outras não previstas (…).”

    Conforme trecho do texto, as premissas funcionam como espécie de cláusulas de um “contrato” entre o gerente do projeto e todos os envolvidos haja vista a efetiva participação de todos na sua definição, isso gera uma maior motivação entre os envolvidos para o sucesso do projeto.

  4. As premissas, afirmações tidas como verdadeiras para o GP, são de fundamental importância pois descreve, por exemplo, o ambiente que o projeto irá ser implantado. Diferente das restrições, que são impostas pelo cliente, as premissas são ditas pelo gerente de projetos.
    Forte Abraço!

  5. Olá Paulo,

    Obrigada por seu aporte neste blog.
    Você tem razão. Essa é a diferença entre a teoria das boas práticas e a prática verdadeira.
    Eu não diria que o controle de riscos não é levado a sério. Pela realidade das empresas, globalização, faturamento, objetivos de negócio, cultura da empresa etc. que vivencio diariamente, não sempre é possível fazer um plano de projeto completo com toda a análise que as boas práticas recomendam. Portanto, algumas das áreas de gerenciamento não são planejadas e documentadas como deveriam e isso deixa o gerenciamento de riscos sem um controle estruturado.

    Abraços!

  6. Olá, bom dia.

    Excelente artigo!
    De fato, um mal levantamento das premissas na fase de planejamento do projeto pode sim, muitas vezes, gerar problemas na execução outrora não “visualizados”. Entretanto, o gerenciamento de riscos seria o remédio para tal, sendo assim, o grande probema mesmo é o que controle dos riscos não é levado a sério, quer dizer, tudo é levado no calculo hipotético de utilização de técnicas estatísticas (CHUTE).

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