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Certificação PMP – Uma nova experiência no processo de certificação

Um novo GP, recentemente certificado, Paulo Henrique da Rocha Cunha, nos conta sua experiência e faz recomendações para os futuros gerentes de projetos.

 

Alguns dias atrás conheci ao Paulo Henrique da Rocha Cunha, recentemente conquistou a certificação PMP®, me contou sua experiência e achei interessante divulgar no blog como aporte a todos aqueles que estão a procura dos mesmos objetivos. Fiz uma entrevista e estas foram as respostas.

 

 

1 – Qual a sua formação, atualmente qual é seu trabalho e área de atuação e quando se certificou?

Sou formado em Ciências da Computação, porém desde a época de faculdade já estava bem envolvido com a área administrativa, tanto que ao concluir a graduação fiz logo uma pós-graduação (MBA) em Gestão Empresarial pela UFRJ. Atualmente trabalho na Sala das Prefeituras da Secretaria Executiva de Integração Regional – SEIR, onde tornei-me Coordenador há pouco tempo. Obtive a certificação PMP recentemente, no dia 11 de fevereiro de 2009.

 

2 – Como tomou conhecimento das melhores práticas de Gerenciamento de Projetos e o que motivou para vc se certificar?

Bem, isto foi em 2005. Eu trabalhava em uma empresa que montava torres autoportantes para empresas de telecomunicações e senti a necessidade de me aprimorar mais para estar gerenciando as obras, já que era Coordenador de Implantação. Foi aí que estava procurando alguns cursos pela Internet e encontrei um curso básico de Gestão de Projetos online. Através deste curso conheci o PMI® e comecei a buscar mais conhecimentos sobre a disciplina de Gerenciamento de Projetos.

 

3 – Qual metodologia aplicou e em quanto tempo se preparou?

Depois do primeiro curso que citei acima, fui atrás de mais informações e algum tempo depois me inscrevi em outro curso online, só que este era preparatório para a certificação. O curso era muito bem estruturado e, entre outras coisas, dava direito ao PMBOK® Guide. Infelizmente não cheguei a concluí-lo, acho que foi por que ainda estava longe de obter a qualificação necessária em termos de horas para prestar o exame. Neste tempo que se seguiu, eu fiquei estudando, adquirindo mais experiências e aplicando aquilo que vinha aprendendo por onde passava. Neste tempo também comecei e concluí um MBA pela FGV em Gerência de Projetos, cujo tema do TCC que a minha equipe desenvolveu foi “Estudo do Nível de Maturidade em Gerenciamento de Projetos nas Empresas de Engenharia de Belém Utilizando o Modelo PRADO-MMGP”. Até um pouco depois de meados de 2008 eu consegui fazer um currículo que atendia as exigências do PMI e me decidi finalmente por fazer a prova, o meu grande objetivo. Então posso dizer que a minha preparação mesmo para a prova começou a partir de (mais ou menos) Outubro de 2008, mas de forma bem leve, lendo alguns materiais, mas sem grande rigorosidade ainda e se extendeu até horas antes da prova.

 

4 – Qual foi a bibliografia utilizada?. Quais livros considera que ajudaram mais para passar a prova?

O primeiro livro de Gerência de Projetos que adquiri foi o Guia PMBOK® (através do curso online que fiz), o qual sempre foi uma fonte de consulta e estudos para mim.

O segundo foi “Como se Tornar um Profissional em Gerenciamento de Projetos”, livro supervisionado pelo Paul Dinsmore. Este livro era baseado na versão anterior do Guia PMBOK®, mas gostava e gosto muito da linguagem dele.

Daí em diante adquiri vários livros entre os quais destaco para a minha preparação a coleção completa de Gerenciamento de Projetos da FGV (10 livros), o livro Gerência de Projetos: Guia para o exame oficial do PMI, de Kim Heldman e o livro da Rita Mulcahy que, em minha opinião, é o livro que mais se aproximou do que a prova exigiu, tanto em conteúdo quanto nas questões simuladas.

Outros livros que utilizei em outros momentos foram: Gerenciamento de Projetos: Como definir e controlar o escopo do projeto e Metodologia de Gerenciamento de Projetos – Methodware, do Prof°. Carlos Magno da Silva Xavier; Exame PMP – A Bíblia de Cláudio Muto e Bruno Taveira; 40 Ferramentas e Técnicas de Gerenciamento do Merhi Daychoum; Manual Prático do Plano de Projeto e Análise de Valor Agregado em Projetos do Ricardo Vargas; e por último o PERT/COM do Darci Prado.

Outros livros mais abrangentes que merecem destaque e que, principalmente, formam a base do meu TCC são: Gestão de Projetos: As Melhores Práticas do Harold Kerzner e Maturidade em Gerenciamento de Projetos do Darci Prado.

 

5 – Fez algum curso adicional de preparação para a certificação?

Como disse acima, fiz cursos de gerenciamento de projetos e um MBA e todos eles contribuíram para aumentar os meus conhecimentos, habilidades e competências em gerenciamento de projetos, mas para o período de preparação que antecedeu a prova, não.

 

6 – O que vc fez nos dias prévios a prova?

Vou contar o que fiz no período de 1 mês antes da prova. Comecei a estudar mais rigorosamente pelo livro do Kim Heldman que caracteriza-se, principalmente, por ter os processos do Guia PMBOK® descritos através dos grupos de processos de gerenciamento de projetos (Iniciação, Planejamento, Execução, Monitoramento e Controle e Encerramento) e não pelas áreas de conhecimento. Além disso, fazia resumos dos capítulos e estudava alguns conceitos em outros livros. Nas 2 últimas semanas me prendi basicamente ao livro da Rita, estudando os capítulos, resolvendo os exercícios, em seguida avaliava o meu desempenho e ia estudar novamente o que não tinha acertado. No dia anterior à prova eu folheei todo o livro da Rita revendo conceitos.

 

7 – Como foi a prova e qual considera que foi o nível de complexidade?. Atingiu as suas expectativas?

Antes da prova não tinha a menor noção de como ela poderia ser, por isso fiz exercícios de vários livros e fontes, o que acho que me ajudou bastante. Os 15 minutos de introdução são bem generosos e ótimos para adquirir tranqüilidade. Aproveitei também para escrever as fórmulas no papel, o que é essencial para ganhar tempo e não ter que ficar lembrando de fórmulas na hora da prova.

Considero que a prova foi muito boa e fazendo uma análise mais detalhada, posso dizer que 50% a 60% das questões foram fáceis, uns 20% a 30% moderadas e o restante bem difíceis. Infelizmente, ainda não tenho o resultado oficial sobre o meu percentual de acertos, pois ainda não recebi o certificado.

 

8 – Conforme a sua experiência, o que vc recomendaria para os que querem obter a certificação? O que vc não recomendaria?

Primeiramente que a questão da experiência profissional é muito importante para o exame, pois a prova é feita para pessoas que já gerenciam projetos.

Segundo que todo o conhecimento adquirido é válido para o exame, então qualquer livro de gerência de projetos pode trazer conhecimentos úteis. Li recentemente o livro Corrente Crítica e achei bem legal, pena que não caiu nenhuma questão no meu exame referente ao assunto, mas poderia ter caído e estaria preparado. Especificamente para o exame, se tiver que mencionar apenas um livro que mais se aproximou do que a prova cobrou, sem dúvida nenhuma é o livro da Rita, tanto em conteúdo quanto nas questões (e não estou ganhando nada por esta propaganda gratuita).

Mas acima de qualquer coisa, é preciso vontade e empenho para conseguir os seus objetivos. Tudo na minha vida estava sendo uma preparação para este momento, o momento em que faria parte do grupo de PMPs e isto significava muito para mim.

O gerenciamento de projetos requer prática para fixar os conhecimentos. Não recomendo realizar o exame quando uma pessoa conhece a certificação em um dia e no outro já está matriculado em um curso preparatório para o exame. Estes cursos focam no êxito na prova, mas podem pecar em ensinar realmente a arte de gerenciar projetos. Por isso considero que o MBA foi muito importante para mim, já que pude compensar esta falta de experiência e de uma forma não restrita ao Guia PMBOK® ou à prova de certificação PMP®.

 

9 –  Quais seus planos futuros?

Meus planos, no momento, passam por desenvolver a disciplina de Gerenciamento de Projetos no estado do Pará. Tenho cursos e treinamentos já estruturados para serem viabilizados, aproveitando um pouco da minha experiência acadêmica que tive ministrando aulas em uma faculdade. Pretendo também realizar trabalhos estruturando metodologias e adequando à realidade das empresas. Temos poucas iniciativas no assunto, as empresas ainda não acordaram para a importância do tema, nem as mais tradicionais e essencialmente projetizadas. Precisamos ganhar massa crítica, mostrando o valor  das melhores práticas de gerenciamento de projetos. Não sei ainda se sou o 1º certificado PMP do Pará, que realmente nasceu e viveu aqui por toda a vida, mas espero servir de incentivo aos meus colegas de MBA para que possam tirar as suas certificações em breve. Infelizmente, para uma pessoa do Pará, como em outros estados também, tirar a certificação sai bem mais caro, pois apesar de possuir centros Prometrics, estes não realizam a prova aqui, tendo o candidato ter que se deslocar para outros estados, elevando os custos para certificação (Custo do Exame + Passagens + Hospedagem + Locomoção + Alimentação).

 

No mais, gostaria de agradecer ao convite da Maria Angélica Castellani para esta entrevista. Fico feliz em poder contribuir com a comunidade de gerenciamento de projetos e, principalmente, com aquelas pessoas que ainda desejam obter a certificação PMP.

 

 

 

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5 comentários em “Certificação PMP – Uma nova experiência no processo de certificação”

  1. Olá, Paulo Henrique.

    Já anotei o seu contato. Vamos “esquentar” este assunto do PMI Pará? Apesar de estar morando hoje em São Luís, vou muito a Belém e acho que podemos estruturar um capítulo no Pará. No dia 22/09 ministrei inclusive uma palestra no CREA/PA sobre as práticas do PMI e ventilei esta possibilidade. Percebo que já existe interesse e público. Além do que o Pará hoje hospeda grandes projetos de interesse estratégico nacional, principalmente ligados a mineração, siderurgia e energia. Está faltando apenas uma fagulha inicial. Meu contato é: (98) 8898-2122.

  2. Rosana,

    Fiaz a prova em BH. Tinha feito uma operação lá e 3 meses depois ia retornar lá para uma consulta, neste período me preparei mais intensamente para fazer a prova neste retorno.

    Julio,

    Em nenhum momento afirmei ser o primeiro PMP, eu achava que era por falta de conhecimento e estatística, pois até hj só conheci PMPs que vieram de fora.

    Bruno,

    Concordo plenamente. Acredito que só assim poderemos dar mais força a profissão de Gerente de Projetos e também nos valorizarmos. Pena tanto vc como o Júlio não terem deixado contatos para conversarmos sobre o assunto.

    Em todo o caso deixarei os meus para caso vocês entrem aqui novamente possamos ter contato.

    Cel: (91) 8131-7641

    Abraços a todos!

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